Você já viu acontecer aquela velha história do menino que pega as ferramentas do pai, o eletrodoméstico danificado da mãe e, munido de sua curiosidade, ímpeto de sapiência e ousadia, abre, desmonta, encontra algo que crê ser o problema e ao remontar percebe que sobrou peça. Algumas vezes faz vrum e funciona, em outras, quando esta ação é apenas fruto de sua irresponsabilidade juvenil, faz bum...
É exatamente esta cena que vemos no atual panorama mundial. Estamos vivendo um momento no mundo de desconstrução e reconstrução, característica de uma mudança de período histórico, a contemporaneidade, já chamada de Pós-Modernidade está desconstruindo o que o período Moderno construiu, tirando seus excessos, e buscando reconstruí-lo de uma forma mais minimalista, mais enxuta. E a Educação não poderia estar fora desta dicotomia: desconstrução-reconstrução.
Uma das mais profundas transformações da Pós-Modernidade se pode perceber no que tange a duas grandezas, talvez as principais na atualidade. Tempo e espaço sofreram profundas alterações conceituais provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Se antes a comunicação, para se efetivar, precisava ser por carta, cruzando estradas precárias, muitas vezes em tração animal, o que tomava muito tempo, passado algum tempo, com o advento do avião as mesmas distâncias passaram a ser percorridas, a cada novo modelo de aeronave, em menor tempo, aproximando as distâncias. Com o avanço desta tecnologia, hoje, num simples clicar de botões ela se faz.
O homem pós-moderno não pode mais esperar a informação para o dia seguinte, nas páginas amareladas de periódicos monocromáticos. Antes pelo rádio, depois pela TV e hoje pela Internet, o que acontece em qualquer parte do Universo atinge-o quase que imediatamente, encurtando a distância que o separa do acontecimento. Hoje, não seria mais uma vantagem um telejornal ter em seu slogan a frase que consagrou o Repórter Esso dos idos dos 60 – A testemunha ocular do fato. Quem está linkado neste mundo cibernético também o é.
A Escola Moderna, de origem nos monastérios, permeada de tradicionalismo estrutural e pedagógico não ficou imune à derrubada de seus paradigmas, e, está dando lugar a uma reformulação espaço-tempo-pedagógica, aos moldes pós-modernos. Os focos mudaram, sempre visando uma adequação às práxis sociais vigentes. É nesta direção que, a cada dia mais solidificada, surgiu a Educação a Distância. Modalidade que abrevia tempo e espaço, universalizando a Educação, rompendo fronteiras, democratizando o acesso ao conhecimento que, até então, em alguns rincões deste país-continente não chegava. O homem pós-moderno, proativo, que não pode perder tempo em obter informação, com a EAD, tem ao seu dispor, não só a informação, mas a formação com a qualidade inerente ao seu tempo de dedicação.
Voltando à história do nosso menino cientista, a Educação a Distância desmontou a estrutura tradicional da Educação, e a remontou, excluindo as peças, que por não terem muita funcionalidade, acabavam por facilitar o travamento da engrenagem funcional. A grande diferença daquele menino, é que quem faz a EAD hoje não é inexperiente e curioso, mas um profundo conhecedor da Pedagogia e das teorias do conhecimento. EAD é a tendência pós-moderna em Educação, lugar de quem está antenado com seu tempo.
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Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especialista em EAD
Designer Instrucional
Educomunicador
Proefssor na Rede Estadual de São Paulo
Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especialista em EAD
Designer Instrucional
Educomunicador
Proefssor na Rede Estadual de São Paulo
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